Dia do Trabalho DE LUTA!

Em 30 de abril de 2019, realizou-se no auditório do IFSP Campus Boituva evento em comemoração ao 1º de Maio, dia do Trabalho. Organizado pelo Coletivo Vênus (composto por discentes, docentes e servidores da instituição) em parceria com o Centro Acadêmico Marilena Chauí (Licenciatura em Pedagogia) teve como foco a história do trabalho relacionada às diferentes percepções da luta de classes. Foram promovidas palestras com o intuito de discutir as questões de gênero no mundo do trabalho e debater as Reformas trabalhista e da previdência, a fim de refletir sobre os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.

As palestrantes Helô Borges, Carolina Fetchir, Camila Terra de Moraes Magosso e Débora Souza, convidadas para a mesa “A mulher e o mercado de trabalho: trajetória, desafios, resistência feminina em um mundo machista” elucidaram os desafios e a resistência feminina diante de uma sociedade ainda patriarcal. Contextualizando historicamente o tema, destacou-se a importância dos movimentos feministas, pois até o século XIX, a mulher ainda era vista como um ser inferior aos homens, por não possuir os mesmos direitos que eles, tais como poder ler, escrever, estudar trabalhar, enfim, fazer escolhas.

As palestrantes compartilharam relatos relacionados às experiências no mundo do trabalho trazendo à tona os desafios enfrentados pelas mulheres em pleno século XXI. Assim, salientaram-se as contundentes formas de opressão ainda vivenciadas no universo feminino: salários desiguais, desqualificação da força de trabalho; condições precárias e insalubres de trabalho; assédios diversos e dupla ou até tripla jornada (além do trabalho formal, as mulheres cuidam das atividades domésticas e da criação de seus filhos).

A segunda mesa intitulada “Reformas trabalhista e da previdência: alterações e implicações” contou com a presença dos docentes do IFSP Campus Boituva, o sociólogo Dr. Carlos Henrique Menezes Garcia e o economista Mestre Theo Martins Lubliner. Discutiu-se cronológica e historicamente o movimento trabalhista, apontando as conquistas por direitos com a abordagem dos movimentos científicos e sociológicos que impulsionaram as transformações nas relações de trabalho.

Foram debatidas e apresentadas alterações nas leis trabalhistas mencionando-se um comparativo entre o antes e o depois das condições de trabalho com a introdução da lógica de flexibilizações, o desmonte (e demonização) dos sindicatos e também a chamada uberização das profissões. Por fim, foi apresentado um quadro das possíveis alterações e implicações caso aprovada a proposta para a reforma da previdência, com a compilação de dados sobre a questão financeira da previdência nacional e contestou-se sobre os mitos causadores da quebra do sistema previdenciário.