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FILOSOFIA – UMA OLIMPÍADA SEM COMPETIÇÃO. PODE?

  • Publicado: Quinta, 31 de Outubro de 2019, 15h37
  • Última atualização em Quinta, 31 de Outubro de 2019, 15h37

No dia 26/10/2019, acompanhados pelos Professores Agnes Cruz e Souza (Sociologia) e Luís Fernando Crespo (Filosofia), mais de 40 alunos de nosso campus participaram da IX Olimpíada de Filosofia do Estado de São Paulo. Tendo como tema Felicidade, o evento foi realizado na FAPCOM (Faculdade Paulus de Comunicação) e contou com a participação de centenas de alunos de diferentes regiões do estado e também de Minas Gerais.

Quando falamos em olimpíada, vem à mente a ideia de competir para se estabelecer um ranking entre os participantes, classificando-os pelo melhor desempenho. Comumente, pode ser que alguém dissesse: “Assim é que os gregos antigos faziam”. Porém, vale pensar mais profundamente no que, verdadeiramente, ocorria com aquele povo, fundador de nossa cultura ocidental.

Friedrich Nietzsche em Cinco prefácios para cinco livros não escritos, quando ele afirma “Receio que não compreendamos estas coisas de modo suficientemente ‘grego’...” Este autor indica que os gregos disputavam, mas não para identificar quem era o melhor; para eles, se se chegasse a nomear um indivíduo que estivesse acima dos demais, era preciso que ele fosse banido, já que a superioridade faria com que a competição acabasse. Competir era aperfeiçoar-se e, assim, pelo bem da cidade, era preciso que a disputa acontecesse continuamente. Eles entendiam que a disputa dirigia os instintos animais do ser humano para a superação de si (agon é a palavra grega para o espírito de competição).

É neste sentido que se realizou a Olimpíada de Filosofia. O momento era de competição, mas como possibilidade de mostrar o melhor de si, e não de ganhar uma colocação no pódio. O evento era aberto para todos os alunos que desejassem participar, apresentando ou não uma das modalidades possíveis (redação, poesia, dança, música, pintura etc.) – mesmo que nada apresentassem, estar presente é participação também importante.

O período da manhã foi disponibilizado para tais apresentações e exposições. Foram momentos ricos de troca de percepções: os adolescentes, pautados na Filosofia, puderam mostrar, de diferentes maneiras, o que entendem por ‘felicidade’. Música, dança, gritos e aplausos – a emoção era intensa.

De singular alegria foi a representação de nosso campus com uma obra artística da aluna Rita Beatriz Benedito (1º ano do curso Integrado em Redes de Computadores). A obra tem como título Experiência Cicatriz (foto) e levou à contemplação e à curiosidade aqueles que passavam diante dela.

O período da tarde foi destinado para a realização de oficinas (30 temáticas diferentes), com a oportunidade de que cada um participasse segunda a temática de sua preferência. Algumas oficinas foram mais práticas, produzindo algo de material (p. ex.: mandala de fios, produção de vídeo), enquanto outras foram teóricas, relacionadas a temáticas filosóficas que tocam diferentes questões da atualidade.
A importância de se participar de um evento como este está na troca de experiências e ideias, envolvendo os alunos e levando-os a enxergar além do mundo filosófico do cotidiano da escola. É no cultivo do pensamento que se torna possível libertar o ser humano de concepções de vida que escravizam.

Temos de agradecer à Secretaria Municipal da Educação, que possibilitou a ida dos alunos, disponibilizando um ônibus.

E, de maneira especial, agradecemos aos alunos que participaram do evento com grande interesse.

"Ninguém, quando jovem, deixe de filosofar nem, quando velho, se canse filosofando. Pois ninguém é jovem demais nem demasiado velho, para fazer algo em favor de sua saúde espiritual.” (Epicuro)

 

 

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